02 fevereiro 2006

"amar es el empieze de la palabra amargura"?

e eu que trago a amargura no fim do meu nome, eu que li no outro dia, no restaurante do almoço, escrito numa parede que "o sabor amargo fortalece o coração", eu que trago no peito o aperto da tua distância de mim e da minha ausência daqui, eu que falo e escrevo muitas vezes com um azedume suspeito, crónico e reiterado, eu que digo que se se começar pelo que amarga,tudo o mais será doce, eu digo também tanto fel foi sinceramente interrompido pelo teu sorriso de agrado pelo meu último recado – digo que me enterneceu saber que as minhas promessas, pedidos e confissões te comoveram e te demoveram da desistência.e,assim,dei comigo,sempre amarga,por dentro, por fora, a pensar que não é vão tanto tempo de espera mesmo sabendo que espero por quem nunca há-de vir ou se vier, não ficará o tempo todo que arrogamentemente, julgo merecer). estes segundos da tua doçura afastaram a taça de limões pousada na mesa quadrada, coberta por uma toalha branca, em frente ao mar da itália,na abertura do filme "cinema paraíso", que persiste em ser a síntese do que em sido o amor na minha vida.


"un bel dia vedremo", cantado por maria callas.

0 Comments:

Enviar um comentário

<< Home