04 novembro 2008

"mais que isso"

Amores que Matan
Joaquin Sabina

Yo no quiero un amor civilizado,con recibos y escena del sofá;yo no quiero que viajes al pasadoy vuelvas del mercadocon ganas de llorar.Yo no quiero vecínas con pucheros;yo no quiero sembrar ni compartir;yo no quiero catorce de febreroni cumpleaños feliz.Yo no quiero cargar con tus maletas;yo no quiero cortarme la coleta que elijas mi champú;yo no quiero mudarme de planeta,brindar a tu salud.Yo no quiero domingos por la tarde;yo no quiero columpio en el jardin;lo que yo quiero, corazón cobarde,es que mueras por mí.Y morirme contigo si te matasy matarme contigo si te mueresporque el amor cuando no muere mataporque amores que matan nunca mueren.Yo no quiero juntar para mañana,no me pidas llegar a fin de mes;yo no quiero comerme una manzanados veces por semanasin ganas de comer.Yo no quiero calor de invernadero;yo no quiero besar tu cicatriz;yo no quiero París con aguaceroni Venecia sin tí.No me esperes a las doce en el juzgado;no me digas "volvamos a empezar";yo no quiero ni libre ni ocupado,ni carne ni pecado,ni orgullo ni piedad.Yo no quiero saber por qué lo hiciste;yo no quiero contigo ni sin ti;lo que yo quiero, muchacha de ojos tristes,es que mueras por mí.Y morirme contigo si te matasy matarme contigo si te mueresporque el amor cuando no muere mataporque amores que matan nunca mueren.


e tu, que queres de mim?nós dizemos amo-te, os espanhóis te quiero, sublinharam-me uma vez.
e tu, que me dizes? em que língua me escreves, em que língua te calas?

dou comigo a pensar que quero que me ames menos, que sejamos mais chãos, que me queiras mais, sem peias, sem especulações, sem medo, sem teorias.dou comigo a dizer-to. dou por mim a falar sozinha.

depois, tropeço dentro de mim na deixa que me grita"apenas como tu queiras ficaremos vivos, como tu queiras amor, como tu queiras." e escreve amor e querer, repara bem, amor e querer, a cumprirem-se inteiros. não há aqui aquela conversa do poder-se gostar e partir, ainda assim.

há três dias que oiço a mesma música, como se fosse um carrossel. e parece que mesmo assim não escuto os recados que me dá.trago cabeça e coração às voltas.

dorme bem tu, que o meu sono espantou-se com tudo isto, parece que não sabe do caminho de voltar.talvez cumpra o verso citado por rosa montero "a imaginação é a louca da casa"e , em mais uma noite em claro, ande a abrir portas, janelas, livros e fotografias e cartas e desenhos e imagine a vida autrement, entregando-me assim à loucura.

seu jorge e ana carolina
ao vivo "mais que isso".